Crise no PCC: líder morto e ligação com Comando Vermelho, no RJ

A recente morte de Donizete Apolinário da Silva, conhecido como Prata, líder no Primeiro Comando da Capital (PCC), durante um evento social em Mauá, na Grande São Paulo, expõe uma das maiores divisões na facção criminosa em três décadas.

Crise no PCC: líder morto e ligação com Comando Vermelho, no RJ | Imagem via Agência Brasil

A fragmentação na facção criminosa

Os setores de inteligência da Polícia Federal têm acompanhado de perto o crescente racha no PCC e levantam a possibilidade de uma aliança entre o grupo e o Comando Vermelho, outra organização criminosa de renome nacional.

Possíveis alianças e disputas de poder

Investigadores apontam que traficantes como Roberto Soriano (Tiriça), Abel Pacheco de Andrade (Vida Loka) e Wanderson Nilton de Paula Lima (Andinho) podem estar buscando apoio do Comando Vermelho para confrontar o atual líder do PCC, Marco Willians Herbas Camacho, mais conhecido como Marcola.

Embora seja improvável uma colaboração direta no estado de São Paulo, onde o PCC exerce uma influência dominante, há preocupações de que essa aliança possa se materializar em presídios estaduais, penitenciárias federais e em outros estados onde ambas as facções têm presença consolidada.

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Indícios de alinhamento e táticas criminosas

Os investigadores destacam que Tiriça, em particular, demonstra uma afinidade com a abordagem ostensiva e violenta característica do Comando Vermelho, o que pode indicar um alinhamento estratégico entre os dois grupos.

A morte de Prata e as tensões crescentes dentro do PCC colocam em evidência as dinâmicas complexas do mundo do crime organizado no Brasil. O possível estreitamento das relações entre o PCC e o Comando Vermelho levanta preocupações adicionais sobre a segurança pública e a capacidade das autoridades em enfrentar essas ameaças em constante evolução.

Afinal, como funciona o tribunal do crime?

O “tribunal do crime” é um sistema de justiça informal adotado por algumas facções criminosas no Brasil, como o Primeiro Comando da Capital (PCC). Funciona como uma espécie de julgamento interno, onde os membros da facção resolvem conflitos e punem aqueles que desrespeitam suas regras.

Geralmente, o tribunal do crime é composto por líderes da facção e outros membros de alto escalão, que atuam como juízes. As acusações podem variar desde traição até roubos ou assassinatos dentro da própria comunidade criminosa. As sentenças podem incluir desde advertências e penas alternativas até punições severas, como a execução.

Este sistema de justiça paralelo opera com base em códigos de conduta estabelecidos pela própria facção, que são rigidamente aplicados. As decisões são rápidas e muitas vezes violentas, visando manter a ordem e o controle dentro da organização criminosa.

Em resumo, o tribunal do crime é uma forma de autoridade e disciplina dentro das facções criminosas, onde as regras são ditadas e aplicadas pelos próprios membros.

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